Pessimismo alcança 23 segmentos, pequenas, médias e grandes empresas, e regiões Sul e Sudeste
Jornalismo – CNI

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) Setorial caiu de forma generalizada em abril, mostra pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira (25). Em relação a março, o indicador caiu em 15 setores industriais, quatro regiões do país e entre todos os portes de empresa, de acordo com o levantamento.
Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a queda significativa da confiança da indústria do Sudeste – que chegou ao menor nível em quase cinco anos – foi o fator que mais contribuiu para o recuo geral do ICEI. A confiança dos empresários da região caiu 1,3 ponto, para 45,9 pontos, pior patamar desde junho de 2020.
O índice também caiu nas indústrias de Norte (- 1,1 ponto), Centro-Oeste (- 0,8 ponto) e Nordeste (- 0,6 ponto), enquanto ficou praticamente estável no Sul (+ 0,2 ponto). Apesar disso, essa região, ao lado do Sudeste, continua registrando falta de confiança. As demais demonstram confiança.
No recorte setorial, o índice diminuiu em 15 dos 29 segmentos da indústria, aumentou em 13 e não mudou em um. Com isso, cinco setores industriais migraram de um estado de confiança para um estado de falta de confiança, enquanto três fizeram o caminho inverso.
Confira os setores que se tornaram pessimistas:
- Obras de infraestrutura;
- Produtos químicos (exceto perfumaria, limpeza etc.);
- Equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos;
- Máquinas e materiais elétricos;
- Manutenção e reparação.
Dessa forma, o balanço final de abril revela que empresários de 23 setores estão pessimistas, enquanto os representantes de apenas seis segmentos estão otimistas. Os industriais de produtos minerais não-metálicos, madeira, vestuário e acessórios e serviços especializados para a construção são os mais pessimistas.
“A confiança vem caindo porque a avaliação dos empresários sobre as condições atuais e expectativas deles quanto ao futuro de seus negócios e da economia estão piorando”, explica Marcelo Azevedo.
O levantamento também mostra que a confiança caiu em todos os portes de empresa. Com isso, as grandes indústrias passaram a um estado de pessimismo, algo que não ocorria há mais de dois anos. Elas se juntaram às pequenas e médias indústrias, que já apresentavam falta de confiança.