Após mais de seis meses, a readequação da ala de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre) foi concluída e dez leitos adultos foram entregues nesta segunda-feira (18). Com a ampliação, o número de leitos de UTI subiu para 16.
Das dez novas unidades, duas são de isolamento e serão usadas para pacientes que passaram por cirurgias. Orçada em mais de R$ 345,3 mil, a obra iniciou em maio e tinha previsão para conclusão em 45 dias. Contudo, segundo o governo, as equipes ‘tiveram que praticamente fazer tudo do zero’.
Antes da ampliação, a Fundhacre tinha 18 leitos de UTI. Desse total, 12 foram transferidos para o Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into-AC) e restaram seis na unidade.
Os leitos abertos nesta segunda serão destinados para pós-operatório. Durante a entrega, o secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, explicou que um dos objetivos da ampliação é reduzir a fila de cirurgias de médio e alta complexidade no estado. Ele destacou que a falta de leitos específicos para pacientes operados chegou a causar a suspensão dos procedimentos.
O secretário afirmou que em 2023 foram feitas 10 mil cirurgias e este ano o número já ultrapassa 12 mil.
“A tendência é essa. É cada vez entregar mais, população precisa, sabemos da necessidade e agora o nosso foco aqui na Fundação Hospitalar é entregar cirurgias de alta complexidade, paciente oncológico, paciente ortopédico, paciente neurológico, pacientes que demandam de fato uma retaguarda de serviço terciário e serviço de alta complexidade”, complementou.
A presidente da Fundhacre, Soron Steiner, confirmou que o foco agora aumentar o número de cirurgias eletivas no estado.
“Vamos alavancar ainda mais a nossa fila de cirurgia eletiva, fazendo com que o praciente de alta complexidade seja atendido aqui na Fundação Hospitalar. Esses leitos de UTI vêm justamente para fortalecer e a gente voltar a assumir a dianteira, em primeiro lugar, proporcional diante de todos os outros estados”, frisou.
O governador Gladson Cameli reforçou que a unidade de saúde atende não somente moradores do Acre, mas também de estados vizinhos, a exemplo de Rondônia e Amazonas, e outros países como Bolívia e Peru.
“Nossa Fundação tem uma história de salvar vidas, de dar esse apoio sempre. O atendimento é mão dupla, temos que sempre poder estar preparado para qualquer situação que possa vir a acontecer, o que não pode, e aquilo que eu digo, é o povo ficar esperando. Então, tudo depende de uma união de esforços para que a gente possa vencer desafios”, falou o gestor.