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Fundhacre se aproxima de 100 transplantes de fígado com excelência no atendimento

    Da redação/ Ecoacre.news

    Antônio Sena de 45 anos, é de Boca do Acre, interior do Amazonas, e estava em tratamento de cirrose e câncer hepático. “Eu estava há apenas dois meses na fila de transplante. Vim para uma consulta e, de repente, veio a notícia: tinha um fígado disponível. E o meu, pelo estado que ele estava, eu achava que não ia durar muito, até aparecer essa doação”, relatou, emocionado.

    “Durante todos esses anos que eu venho fazendo tratamento aqui, todas as pessoas me trataram muito bem, com amor e carinho. Agradeço muito a Deus, ao doador e a todos os profissionais da Fundação”, completou o paciente transplantado, que agora tem um novo olhar sobre a vida. A história de Antônio Sena é uma entre tantas que demonstram a importância de um serviço público de saúde comprometido com o bem-estar da população.

    Antônio fazia tratamento de câncer hepático quando recebeu uma nova chance. Foto: Luanna Lins/Fundhacre

    Ambulatório de transplantes e o cuidado no pós-operatório

    Além das cirurgias, a Fundhacre oferece um serviço de acompanhamento contínuo por meio do ambulatório de transplantes, que garante aos pacientes o suporte necessário para uma recuperação sem complicações.

    Serviço de Transplantes conta com ambulatório especializado. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

    Segundo Tércio Genzini, responsável técnico pelos transplantes hepáticos, o ambulatório é uma peça-chave para o sucesso do programa. “Com grande alegria atendemos o nosso 97º paciente transplantado. Ele está no 15º dia pós-transplante e evolui muito bem. A recepção do ambulatório está cheia — a maioria já transplantada aqui mesmo. Isso mostra a importância da equipe multidisciplinar dedicada a esses pacientes, porque o transplante de fígado é um procedimento que merece muita atenção”, destacou.

    Fundhacre é referência em cirurgias de alta complexidade. Foto: Gleison Luz/Fundhacre

    As indicações para transplante se dão por motivos diversos, mas se destacam, por exemplo, casos de hepatite B e D (Delta). Genzini faz um alerta sobre a prevenção das hepatites virais, reforçando que o melhor caminho ainda é o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. “Muitos pacientes chegam à necessidade de transplante por complicações da hepatite B, que é uma infecção silenciosa que pode evoluir para quadros graves quando não diagnosticada e tratada a tempo. Precisamos trabalhar para que mais pessoas não cheguem a esse estágio”, explicou o médico.

    O médico Tércio Genzini celebra avanços nos transplantes realizados no Acre. Foto: Luanna Lins/Fundhacre

    A melhor forma de prevenção contra a hepatite é a vacinação, disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É necessário também evitar o compartilhamento de objetos cortantes, usar preservativo nas relações sexuais e realizar exames periódicos. No caso da hepatite D (Delta), que só afeta quem já tem o vírus da hepatite B, a imunização contra o tipo B também protege contra essa forma mais agressiva da doença.

    Uma conquista de muitas mãos

    Para o secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, cada transplante representa um gesto de humanidade. “O transplante de fígado é um dos procedimentos mais complexos da medicina, e ver que a Fundhacre está próxima de atingir a marca de 100 transplantes é motivo de muito orgulho. Isso mostra o compromisso do governo do Acre com a saúde pública, com a vida das pessoas e com o fortalecimento do SUS no nosso estado”.