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Basa e Apex investem na cadeia de proteína animal: produtores do Acre terão R$ 82 milhões em crédito

    Da redação/ Ecoacre.news

    Foto: Sérgio Vale

    A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Banco da Amazônia (Basa) formalizaram nesta quarta-feira, 9, em Rio Branco, uma parceria com impacto direto sobre a agricultura familiar e as exportações no Acre. Com um investimento de R$ 82 milhões, o convênio visa impulsionar as cadeias produtivas de proteína animal, especialmente as ligadas à produção de suínos e aves.

    Cada produtor poderá receber investimentos superiores a R$ 400 mil, destinados à construção de estruturas para terminação de suínos (mil animais por galpão) e criação de aves (35 mil aves por galpão). Ao todo, o projeto prevê o financiamento de 250 galpões de suínos e 40 galpões de aves. Na primeira etapa, serão liberados recursos para 50 galpões de suínos e 20 de aves.

    Durante a cerimônia de assinatura, realizada no auditório da sede do Basa, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, destacou a relevância do projeto para o Acre e o potencial da iniciativa, que promete ampliar o impacto da agricultura familiar.

    Foto: Sérgio Vale

    Para o ex-governador do Acre, Jorge Viana, o projeto resgata um trabalho iniciado há anos no Estado durante os governos da Frente Popular do Acre (FPA).“O mundo inteiro está discutindo exportações, importações, os efeitos das medidas dos Estados Unidos, da China, mas, nesse caso, eu destacaria talvez a iniciativa que mais deu certo no estado: esse trabalho que começamos lá atrás e que agora está se expandindo, envolvendo o Banco da Amazônia, a Apex, a agroindústria da Dom Porquito, a Acreaves e outras cooperativas. E por quê? Porque a tese é de que o Acre é o estado brasileiro mais próximo do Pacífico. Um caminhão leva apenas quatro dias para sair de Brasileia, da Dom Porquito, e chegar a Chancay, já embarcando nos navios para a China”, pontuou.

    Jorge Viana também ressaltou o apoio do governo federal, do presidente Lula, na abertura de novos mercados. “Com o governo do presidente Lula, abrimos muitos mercados. Convidamos o Paulo, os dirigentes da Dom Porquito e da Acreaves, e eles participaram de eventos em mais de dez países com a Apex, acompanhando as ações do governo. Agora, conseguiram fechar o entendimento com o Banco da Amazônia, e temos a expansão dos integrados. Quem são os integrados? São as pessoas que fazem a engorda dos porcos, dos suínos, e também aquelas que criam as aves”, relatou.

    “E isso aqui é o mais fantástico: a indústria ganha, o Acre passa a exportar mais, e teremos agora 70 novas famílias se tornando produtoras, ingressando na classe média rural, graças ao apoio do Banco da Amazônia. O projeto da Dom Porquito e da Acreaves é alcançar mais de 250 famílias. É a soma: abrir mercados, ter financiamento, apoiar o produtor e manter a agroindústria funcionando. É algo extraordinário que está acontecendo no Acre. As exportações estão dando muito certo”, encerrou.

    O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Cláudio Moreira Lessa, explicou o arranjo institucional que sustenta o projeto. “São pequenos produtores, são famílias da agricultura familiar, pré-selecionadas tanto pela Dom Porquito quanto pela Acreaves. Eles passam por critérios cadastrais e, como o Jorge falou, nós montamos uma estrutura que gera previsibilidade para a indústria.E por que escolhemos a Dom Porquito e a Acreaves? Porque já são indústrias consolidadas, que estão vivendo um boom de crescimento nas exportações por conta da abertura de novos mercados. Para garantir que essas indústrias tenham produto suficiente para sustentar esse crescimento e que esse produto seja de qualidade montamos esse arranjo”, explicou.

    O presidente do Banco destacou o modelo de integração adotado entre a Dom Porquito e a Acreaves, que estabelece uma cadeia produtiva estável e sustentável para a agricultura familiar no Acre.