Pular para o conteúdo

Ex-prefeito boliviano preso pela PF no Acre está à espera de extradição pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil

    Luis Gatty Ribeiro é investigado por corrupção e crimes contra a saúde pública; prisão foi pedida pela Interpol e autorizada pelo STF

    Da redação/Ecoacre.news

    Gatty Ribeiro se encontra na sede da delegacia da Polícia Federal em Epitaciolândia – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

    O ex-prefeito de Cobija, capital do departamento de Pando, na Bolívia, Luis Gatty Ribeiro Roca, foi preso pela Polícia Federal na manhã dessa sexta-feira (11), em sua residência no município de Epitaciolândia, interior do Acre. A prisão foi realizada com base em um mandado de prisão preventiva expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Interpol, que também incluiu o nome de Gatty em sua lista vermelha de procurados desde julho de 2023.

    O boliviano, que morava há três anos no Brasil, foi conduzido inicialmente à delegacia da PF em Epitaciolândia e, posteriormente, transferido para Rio Branco. Em audiência de custódia, o juiz plantonista decidiu que ele deve permanecer preso à espera do cumprimento da extradição.

    Gatty Ribeiro é ex-jogador da seleção boliviana de futebol e, ao se aposentar do futebol, ganhou projeção política ao ser eleito prefeito de Cobija em 2019, pelo Pando Unido Y Digno (PUD), partido de oposição, com 49,1% dos votos. Em 2021, mudou de legenda e foi para o Movimento ao Socialismo (MAS), do ex-presidente Evo Morales, que também está acusado de crimes parecidos e também corre risco de ser preso.

    A Justiça boliviana determinou sua prisão preventiva por suspeitas de corrupção envolvendo recursos públicos e por crimes contra a saúde pública, com base no artigo 216 do Código Penal boliviano — que prevê pena máxima de até 4 anos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) no Brasil já havia se manifestado favorável à prisão cautelar para fins de extradição em março deste ano.